É inegável que o Vasco tenha acertado na escolha de seu novo treinador. O carrancudo e linha-dura Celso Roth resolveu, digamos, abandonar a nau e seguir em um possível mar tranquilo – e farto financeiramente - em Porto Alegre.
PC Gusmão é vascaíno quase assumido, tem identificação enorme com o clube e amadureceu muito como técnico. Veio de bons trabalhos – Itumbiara, Figueirense, Atlético-GO, Ceará – com a vontade de fazer o mesmo pelo Vasco. Teve, pelo menos no primeiro momento, o apoio necessário da diretoria para reforçar a equipe.
Trabalhando em conjunto com Rodrigo Caetano, trouxe bons nomes como Felipe, Zé Roberto e Éder Luís, além de apostas pouco conhecidas do grande público – Irrazábal, Bruno Paulo… – e viu a permanência de Carlos Alberto, líder do grupo e ídolo da torcida.
Falando um pouco da – chata - partida desta quarta, contra o Goiás, podemos dizer que a CBF “atrapalhou”. O desfigurado time que entrou no Serra Dourada não é, nem de longe, o Vasco de PC Gusmão. Essa equipe só poderemos ver a partir de 3 de agosto, quando abrem as inscrições para os jogadores que vieram de exterior – ou seja, todas as grandes contratações.
Mas foi claro que a postura mudou. Já tínhamos visto isso durante a tal Copa da Hora, torneio amistoso vencido pelo cruz-maltino. Tirando o desastre contra o Grêmio, o que se viu foi uma equipe confiante, sabendo de suas limitações e compensando na base da vontade.
Os volantes são de qualidade e Fernando Prass – como vimos hoje – é um goleiro de primeira linha. O meio para frente, com os reforços, ganhará uma injenção ímpar de qualidade. O problema segue sendo o miolo de zaga, setor que precisa de reforços urgentes. Titi, Fernando, Dedé e Cesinha são lentos demais e não botam medo em ninguém.
Mas, com tantas peças à disposição de PC Gusmão em agosto, como seria a melhor maneira de armar essa equipe? Bem, depois do que vimos na Copa do Mundo – não estou falando de qualidade técnica, por favor – a tática “da moda” é o 4-2-3-1, com alta rotatividade entre esses três atrás do centro-avante. O Vasco tem jogadores que encaixariam bem nessa formação.
O “meu Vasco ideal” (clique para ampliar)
A tática que PC usou contra o time de Emerson Leão é o 4-3-1-2, com Rafael Carioca e Rômulo fixos e Nilton saindo mais, tentando compensar a falta de criatividade no meio, que tinha Jefferson apagado. Na frente, Jonathan, de apenas 19 anos, sentia a pressão da estreia em jogos oficiais. Nunes, ainda fora de forma, não mostrou o futebol do paulista, quando foi bem com o Santo André.
Mas, caro PC Gusmão, convenhamos que, com a qualidade de Zé Roberto, Felipe, Carlos Alberto, Éder Luís, Jefferson e talvez Coutinho, a partir de agosto, não terá necessidade de tantos volantes, né? Se assim for, o Vasco poderá sonhar em um resto de Brasileirão bem mais tranquilo.
Agora achei o seu blog !!! ;Vic
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