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quarta-feira, 27 de abril de 2011

ELE voltou!

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Imaginem uma criança com seus 10 anos, época de reforçar os laços de amor pelo clube criados desde que você nasceu, quando seu pai te deu uma roupinha de bebê com as cores daquele pelo qual você ´vai sofrer, pular, gritar e se emocionar pelo resto da sua vida.

Imaginem que nessa época esse mesmo clube está em uma fase memorável. Campeão da Libertadores no ano do centenário, do Brasileiro em 97 e em 2000. Poucas são as lembranças ruins.

Imaginem que em 2000 houve uma final histórica, onde esse clube consegue uma virada jamais vista, numa final de torneio continental, na casa do adversário, com um a menos e perdendo a primeira etapa por 3 x 0.

Imaginem que o time consiga se recuperar, ameaça um empate e um certo jogador, campeão de todos esses títulos memoráveis antes citados, chegue perto da fanática torcida que foi à São Paulo, bata no peito e mande-a gritar ainda mais. Por que? Porque aquilo é o Vasco. Ali tem garra, raça, superação. E juntando esses ingredientes, a virada era, sim, possível. E como foi…

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Imaginem que por malandragem de um presidente cafajeste, este certo jogador saia do clube brigado para ser ainda mais ídolo na França, mas que, sempre quando possível, relembra o amor que criou pela mesma camisa que seu pai te deu quando mais novo.

Agora, imaginem a felicidade e a emoção desse mesmo garoto quando, 10 anos, muito sofrimento, inúmeras derrotas para os rivais e um rebaixamento depois, ele se depara com essa foto:

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Sim, amigos. ELE, o Reizinho de São Januário está de volta, e ao lado do presidente e maior ídolo da história do Club de Regatas Vasco da Gama. Nesse momento, não precisamos lembrar que Juninho é um dos maiores cobradores de falta do mundo, nem que ele está em ótima condição física e marcando golaços no (fraco) futebol do Catar. Sua qualidade não se discute. Nesse momento, o que vale é o símbolo, a figura, a volta do profissional e homem de caráter (cada vez mais raro no futebol de hoje) à sua casa.

Ela está aberta, como sempre esteve. Seus torcedores, súditos do Reizinho, estão emocionados, prontos para recebê-lo. Vem, Juninho. Vem que a gente precisa agradecer por tudo o que você já fez por essa geração e as anteriores. Vem reforçar o quanto é bom ser vascaíno. Vem mostrar que a palavra ÍDOLO não precisa ser acompanhada por polêmicas, festas pomposas, maria-chuteiras e afins.

Tremam, goleiros. Ele, o Reizinho, o símbolo da raça, o ótimo profissional, o craque, o ídolo, voltou.

domingo, 13 de março de 2011

Pede a música, garoto! Mas abre o olho…

CAMPEONATO CARIOCA/MADUREIRA X VASCO

Nesse domingo, o Vasco venceu sua segunda em três partidas na Taça Rio. Depois de um início vacilante, ao ser derrotado pelo Macaé na estreia do segundo turno, a equipe volta a mostrar evolução sob o comando de Ricardo Gomes.

Um dos nomes que vêm se destacando é o jovem meia Bernardo, emprestado pelo Cruzeiro após passagem irregular pelo Goiás. No meio da semana, após a vitória por 4 x 2 contra o Duque de Caxias, Bernardo cruzou para o gol de Anderson Martins e sofreu o pênalti que ele mesmo converteu com categoria, antes de ser substituído no intervalo.

Na ocasião, twittei: “Muito bem em campo o jovem Bernardo, que veio do Cruzeiro. Nas chances que teve, mostrou personalidade e vem correspondendo”. Em prontidão, fui respondido pelo amigo Thiago Rabelo, repórter do Diário da Manhã, jornal goiano, que disse “Quero ver a sua opinião daqui três semanas. O Bernardo sempre começa (ou engana) bem”.

Por saber do conhecimento da fonte, acho uma opinião muito respeitável e importante para a torcida vascaína, que já começa a se animar com o jovem jogador. Nesse domingo, a empolgação geral aumentou. Bernardo foi fundamental na vitória por 4 x 2 contra o Madureira – ao lado de Felipe, que subiu de produção após a saída de Carlos Alberto - marcou três gols (pela primeira vez em sua carreira, como informa Marcelo Bechler, da rádio Globo SP), saiu ovacionado e pediu música no Fantástico.

É difícil avaliar um jogador após três ou quatro jogos contra times pequenos. A primeira impressão é boa. Inteligente, tem boa visão de jogo, bate bem na bola, habilidoso e mostra personalidade. Só que tem 20 anos. Já se mostra vislumbrado com o seu momento, o que pode ser perigoso. É preciso que saiba que a mesma torcida que hoje abraça, amanhã pode pegar no pé. Faz parte da carreira do jogador profissional.

Que saiba conviver bem com a crítica e mantenha-se focado. O primeiro teste mais sério virá no próximo final de semana, quando o Vasco encara o Botafogo no Engenhão. E, como diz o ditado, “é nos clássicos que separamos os homens dos meninos”.