Até os 31 minutos da primeira etapa, na partida entre Inter de Milão e Rubin Kazan, da Rússia, jornalistas preparavam na cabeça um texto diferente dos normais. Na ocasião, a Inter estava sendo eliminada por causa de um gol em outro jogo. Em cobrança de falta de Milevskyi, contando com a falha tosca de Valdés, o Dínamo de Kiev abria o placar no primeiro minuto, contra o Barcelona, na Ucrânia. Com o resultado, o time ucraniano passava para a fase seguinte da Champions League, mandando a Inter para a Liga Europa. Para piorar, o Rubin Kazan pressionava.
A partir deste minuto-chave, o roteiro começou a mudar. Após bela jogada de Zanetti pela esquerda, a bola sobrou para Balotelli que, em belo passe de calcanhar, deixou Eto’o em ótimas condições para encher o pé e marcar o primeiro. A zebra ainda rondava a rodada. Se o Dínamo, dos brasileiros Leandro Almeida, Betão e Gérson Magrão marcasse mais um, o Barça seria o gigante a dar tchau.
Só que o time catalão não deu sopa pro azar. Cinco minutos depois, aos 36, furou a retranca ucraniana com o que melhor sabe fazer: Envolver o time adversário com toques rápidos. A bola passou de pé em pé até chegar ao de Abidal. O francês deu bela assistência para Xavi empatar a partida.
No segundo tempo, as duas potências européias, com a classificação praticamente confirmada, disputavam o primeiro lugar do grupo. Aos 18, Balotelli, em potente cobrança de falta, marcou o segundo da Inter, que a deixava com a liderança, até o belo gol de Messi, também de falta, aos 41 minutos. No final, tudo foi como se esperava. Barcelona e Inter na próxima fase. Dois times tradicionais que, por isso, são sempre favoritos ao título. Mas a complicada classificação, em um grupo considerado fácil, liga o sinal de alerta no Camp Nou e no Giuseppe Meazza.
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